Vaidades e poder minam os membros do PSL

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Foto: Antonio Cruz (Agência Brasil)

A briga no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, a cada dia, mina mais a sigla. A disputa de poder entre o presidente da República e o presidente do PSL, Luciano Bivar, teve muitos capítulos nesta quinta-feira. Primeiro, os dois grupos se digladiaram pela liderança da legenda na Câmara dos Deputados e houve uma guerra de listas para pedir a troca de nome com a indicação de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo e, ao mesmo tempo a permanência do atual, delegado Waldir.

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Ao final do dia, o saldo era uma derrota de Bolsonaro e a vitória de Bivar com a permanência do policial no cargo. Como consequência disso, sobrou para a deputada Joyce Hasselmann, até então uma combativa aliada do chefe do país. Ela foi destituída por Bolsonaro como líder do governo no Congresso por ter assinado a lista em favor do delegado Waldir.

Para colocar mais lenha na fogueira, áudios atribuídos ao presidente indicando a troca do líder foram vazados, aumentando a guerra entre os grupos de Bolsonaro e de Bivar. Mas o mais polêmico áudio veio à tona no final da tarde, desta vez do líder do PSL na Câmara. "Vou fazer o seguinte, eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele, eu tenho a gravação. Não tem conversa, eu implodo o presidente, cabô, cara", diz o delegado, em um trecho do áudio.

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Se ele tem bala na agulha para implodir Bolsonaro, eu não sei, agora o PSL já foi implodido. Depois de arrasar nas urnas, o PSL foi arrasado pelos seus próprios membros, pela vaidade e pela sede de poder. A oposição, pequena e discreta, assiste de camarote e aplaude a autodestruição do partido do presidente.